O Aterro do Flamengo é repleto de gatos. Me ajoelho ao lado de um, branco, gordo e começo acariciá-lo.
Em poucos minutos, chega um menino, com cabelo tigelinha e uns seis anos de idade:
-Eu também posso passar a mão nele?
-Claro que pode, ele é mansinho... E o seu nome, qual é?
- Pedro da Silva Soares, responde como quem tenta lembrar o que decorou.
-O meu é Ana. Olha só, faça carinho aqui debaixo do queixo, ele adora...
O menino obedece. Mas, enquanto acaricia o gato, usando do sexto sentido aguçado que toda criança tem, levanta os olhos e diz:
-Você tá triste?
Desconcertada, sorrio:
-Um tanto, mas passa.
-Não fica triste não, olha o tanto de gato bonito pra gente brincar.
Obrigada, Pedro
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