domingo, 8 de julho de 2012

Com as escolhas nas mãos


Acordar cedo, tarde, não acordar. Seguir em frente, parar, alterar a rota. Aprender a dançar, a cair e, quem sabe, até rodopiar. Pedir as contas do que não tem brilho, distribuir possibilidades a cada esquina.

Desistir, começar, recomeçar pelo meio – ou mesmo por algum final. Afinal, é a gente quem escolhe entre o talvez e o sim e determina o peso do não.

São nossos pés que ditam o ritmo, são nossas mãos que apontam a direção. Sorrir não é mostrar os dentes: Existir não carrega o peso e a alegria do viver.

A gente é que decide a verdade, cada um pinta a sua esperança da cor que lhe convêm - e não me venha dizer do contrário, confundir ou gritar sua razão.

Entenda que abraçar o vento traz liberdade, mas não aponta a direção, porque a gente é quem sabe a hora de içar a vela, mudar o rumo ou perder o prumo.

A gente é quem sabe a hora de parar, a necessidade do grito e a contramão. Porque, lá no fundo, a gente é quem sabe o lado mais fraco da corda e, calar, tantas vezes, vale mais que a potência da voz.