segunda-feira, 26 de agosto de 2013

As verdades que a gente esquece

A vida é um eterno ritual: ao som do despertador, acordar. Escovar os dentes, tomar banho, café, ônibus e trabalho. Rotina mecânica, feito andar descalço na casa escura – os móveis já sabem o seu lugar. E pelas frestas, rastros de luz para mostrar que os pés podem ir além.

A vida pode um ritual que faz a rotina não ter a carga pesada de seu nome ao ser o beijo no filho antes do sonho, a saudade das manhãs de domingo, entre lençóis e preguiça. Os dias são pequenos rituais de amor e doação, antes de qualquer pergunta.

As horas vão além da água quente pelo corpo ao final de um dia de trabalho, tudo pode ir além do tempo que no trânsito se esvai. Os dias devem ter pequenas marcas de alegrias desmedidas, para assim, saber o valor de uma risada no turbilhão chamado trabalho.

Nossa rotina deve ser marcada pela cadência da felicidade, pelo abraço que sempre nos espera em casa: almoço com os amigos – ou mesa posta pra um banquete, mesmo sem visita. Cada um sabe a sua válvula de escape, seu ritual de salvação.

É urgente saber na rotina o que nos permite viver em paz.