quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Quanto vale?


A verdade é que pouca coisa realmente vale a pena. Pouca coisa é motivo para me levantar pela manhã. Para voltar pra casa. Para não me atirar da Rio-Niterói.

Pra ser sincera, a felicidade não é abstrata, mas um tanto fluida, espalhada pelas linhas tênues que se formam entre a obrigação e a calma.

Mas, não se engane, é preciso ser feliz na obrigação, senão é calvário.

A verdade é que pouca coisa vale a pena. Mas, não sou eu quem vai dizer quais são os limites para você. A mim, cabe a alegria plena que só existe nas certezas do que eu preciso ser.

Se não vale, não serve. É apenas passagem, trampolim pra seguir em frente.

Das coisas que me sustentam, está um sorriso no travesseiro ao lado todo dia cedo e amigos contados nos dedos das mãos. Ultimamente, tenho trocado a pressa por um café preto e as especulações por uma dose de saudade - e um impulso pro amanhã.

Se não é, não me importa. Quando for, já não terá solução.

A verdade é que pouca coisa vale a pena. E já não perco o sono, nem a paz. Tenho adotado os dias de sol e me apegado à diferença: ser o que sempre fui, sem ter medo do que me espera na esquina.