Às vezes eu procuro um motivo para evitar o tropeço guardado nos pés. Uma verdade contada, cortada na carne de quem espera e não sabe - nem vê.
Dos motivos, um tanto gastos, sobra-me ainda a necessidade do caminhar. Porque a vida muda, mas a verdade é que, no fundo, pouca coisa ganha o opaco.
Mudam as cores, a exposição ao sol, a necessidade da chuva.
Mas, não muda o que se ganha pelo simples fato de seguir em frente. São histórias que carrego nos bolsos para não perder o importante do olhar.
São amigos que ditam a reta, quando não há linhas no mapa. Assim, (re)invento o caminhar, mesmo que os dias não tenham sol - porque a esperança sorri, mesmo que entre as frestas.