sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Do que se vê

Há muito, o corpo pesa na cadeira.

Se pega pensando nas coisas da vida, no que poderia ser diferente e naquilo que a rotina consome.

Lembra dos sonhos de anos atrás: realizados, perdidos no hiato das horas ou mesmo engolidos nas convicções suspensas.

O que teria sido diferente se o caminho fosse outro? Frustrações? Vitórias? Outra vida?

Rabisca qualquer coisa enquanto conversa ao telefone.

Ouve aquele samba dolorido e, assim, recorda o antigo pra ter a certeza do que importa. Traça uma meta, rabisca um ponto.

O rumo? O vento que arrasta a chuva.

Descobre o sorriso na arte de viver o novo, mesmo que velho.