Ei, você que eu não vejo há tempos, me envie uma carta, um sinal de fumaça. Moro ainda no mesmo lugar.
Hoje achei uma foto antiga, desbotada e com cinco quilos a menos. Você sorria largo, eu olhava distraída. Os dias eram de paz.
Você falava que eu deveria mostrar as coisas que escrevia, eu achava bobagem. Hoje eu escrevo e você não lê.
Você falava que eu deveria mostrar as coisas que escrevia, eu achava bobagem. Hoje eu escrevo e você não lê.
A gente põe a culpa na falta de tempo, na cidade grande, no que não se pode explicar, no quão diferentes nos tornamos.
Olho a fotografia: deixamos tudo para depois e agora nos sobra o que já foi.
Por isso eu peço: escreva-me uma carta, um bilhete, diga se você também sente falta. Os dias, cada vez mais longos, escondem o caos em sorrisos cordiais.
Olho a fotografia: deixamos tudo para depois e agora nos sobra o que já foi.
Por isso eu peço: escreva-me uma carta, um bilhete, diga se você também sente falta. Os dias, cada vez mais longos, escondem o caos em sorrisos cordiais.