Depois que a chuva passa, calço um tênis e vou dar a minha tradicional volta de domingo pelo aterro. Acontece que, ao chegar no flamengo, a água desaba e tomo o meu segundo banho de chuva do dia (este involuntário). Acabo voltando pra casa (e sim, regida pela lei de Murphy, a chuva pára no meio do caminho de volta).
Ao descer do ônibus, já perto de casa, aguardo que o sinal feche para atravessar a rua. Logo encosta a mãe com um filho, de uns cinco anos com a mãozinha cheia de mini-flores roubadas de um jardim qualquer. Ele não pára de me olhar. Abro um sorriso:
- oi!
- Você tá molhada, diz sem tirar os olhos do meu cabelo desgrenhado.
- É, acabei tomando banho de chuva.
- Minha mãe não deixa...toma uma flor pra você não ficar doente.
Agradeço a flor, o sinal abre, sigo meu caminho com o coração mais leve.
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