Sentada em um dos bancos da orla de Copacabana, calço meu patins. Divido o espaço com um senhor que fala ao telefone, sobre um assunto qualquer. Ao desligar, abre um sorriso e diz:
-Bom dia, minha filha!
Respondo ao bom dia e retribuo ao sorriso. Ele me pergunta do patins, fala que é uma boa atividade física e brinca:
-Haja equilíbrio!
Então ele me conta que já foi triatleta:
-De ponta, minha filha! Hoje, aos 84 anos, me contento com uma corridinha na praia.
Ele me fala sobre a sua esposa, que faleceu em 1996, das tardes de conversa com as senhoras no Parque Garota de Ipanema e demostra uma alegria de viver que não cabe em si.
Como um avô, pergunta a minha profissão e me pede para nunca parar de estudar. Mais do que isso: pede para que eu não faça nada senão por amor.
Nesta hora, me estende a mão, agradece a conversa e diz que vai correr.
-Porque aposentado é quem fica em casa, vendo televisão.
Assim, me deseja boa sorte e muitas alegrias.
- À nós, respondo enquanto aperto a sua mão.
E ele, já ensaiando alguns passos, diz:
-Isso mesmo, a felicidade foi feita para ser dividida – e seguiu seu caminho, me deixando com um coração mais leve e um sorriso nos lábios.
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