Lá fora uma chuva fina. Daquelas que, aos poucos, desenterram os mortos. Uma chuva pra tirar a pressa, trazer qualquer nostalgia barata de um tempo que não foi tão bom. Fico a contar as janelas, as luzes que se apagam, a colecionar a vida que circula por aí.
Eu me encontro pelas esquinas. Perco-me nesta música surda, no caos ordenado, nas cartas marcadas. Mas deixa a música tocar, tomar conta do mundo. Uma hora o caos acaba e a alma dança sem rótulos.
Eu me encontro pelas esquinas. Perco-me nesta música surda, no caos ordenado, nas cartas marcadas. Mas deixa a música tocar, tomar conta do mundo. Uma hora o caos acaba e a alma dança sem rótulos.
Essa chuva que cultiva o que não tenho, deixa o sorriso suspenso e a lágrima escondida. Ainda assim, eu deixo a tristeza pra mais tarde, para o nunca - ou mesmo ao travesseiro. Construo o que não tenho; o amanhã é logo hoje, não é?
Deixa a música acabar, deixa a vida ir se levando, mesmo com pés trôpegos, mesmo que apertada, mesmo que... Deixa a vida ser mais leve, mais vida e acaso. Saiba que há momentos claros, mesmo em dias mornos.
Um comentário:
Luv it
Postar um comentário